sexta-feira, 29 de julho de 2011

Do tempo...

Da minha recente viagem para Fortaleza, ao retornar para minha cidade natal, essa agitada São Paulo, ocorreu-me, como sempre acontece ao voltar de viagens, refletir sobre o que seria o tempo. Quando no hotel e aguardando o momento para tocar no concerto a noite à noite, tinha a impressão de que as horas eram muito mais longas e custavam a passar.
Sei que em qualquer situação na qual estejamos envolvidos, o tempo é pertinente. Organizamos nossas vidas sempre tentando estabelecer o tempo com a maior precisão: Com a idéia de tempo no reportamos ao passado, organizamos o presente e planejamos o futuro: quanto tempo levará para se chegar à faculdade, quanto tempo já não falo com aquela menina, como era no tempo do Classicismo, quanto tempo eu tenho para estudar violino, daqui quanto tempo terei um filho, e assim vai.
  Na música, por exemplo, se eu ouvir o Adagietto da "Quinta Sinfonia" de Mahler, ou a abertura "Guilherme Tell" de Rossini, provavelmente a minha percepção do tempo será diferente: fluindo mais, demorando a passar, estático, etc.
Quando não cumprindo tarefas que são de rotina e, mais do que isso, não produzindo algo que seja produto de exercício do intelecto, que seja de fato significativo e acrescente algo novo para a vida, o tempo me parece muito mais demorado, longo, interminável. Parece-me que o tempo está parado, contrariando a popular frase "o tempo voa".
Não que não tenhamos que, vez ou outra, no distrairmos um pouquinho dos afazeres e nos entregarmos exclusivamente aos prazeres do entretenimento descomprometido. Podemos fazê-lo mas, afora isso, acho que nós seres (supostamente) pensantes temos a necessidade inata, assim como do ar que respiramos, de melhorarmos nossa existência evoluindo através do aprendizado do novo, não sendo somente um mero acúmulo de informações recém-adquiridas mas, outrossim, devemos acrescentá-las à nossa identidade ajudando-a em sua constante evolução durante o ciclo vital.
 O que nos diferencia dos animais é a capacidade cognitiva e penso que devemos fazer uso desse potencial em nosso favor (nós seres humanos) e para benefício do ambiente em que vivemos ( aqui talvez seja um pensamento utópico, surreal de minha parte).
 Quando geramos conhecimento, nossa vida parece passar de maneira mais rápida e com certeza torna-se mais interessante. O tempo dá a impressão de transcorrer mais fluído, parece voar. Um exemplo: alguém pode realizar um trabalho ou atividade durante horas e horas a fio, mas se essa atividade for meramente repetitiva, a sensação será de que o tempo está parado: tudo parecerá enfadonho, monótono, não é mesmo?
 Parece-me sem sentido passarmos nosso período de vida sem de fato evoluirmos, ou seja, transformarmos nosso espírito (nossa parte imaterial, nossa alma) em algo melhor.
 Se assim o fizermos, e não é uma tarefa tão fácil tudo isso, imagino que lá nos derradeiros momentos de nossa existência, teremos a sensação de que o tempo foi tão breve, insuficiente, escasso, e que nossa passagem por essa vida fez toda a diferença.

sábado, 23 de julho de 2011

Música e Letras


Penso que é de suma importância o artista ter a capacidade de organizar suas idéias que, usualmente, vem de maneira desordenada ou mesmo desconexa, como num “brainstorm”. Em minha opinião, o exercício da escrita, de pôr idéias no papel, é crucial para que alguém possa exercitar a capacidade de organizar o pensamento. Isso poderá inclusive ajudar no potencial criador do músico, no desenvolvimento da capacidade de raciocínio, visão crítica, clareza de pensamento, características estas que certamente irão ajudá-lo a fazer sua música da maneira mais elaborada possível.
Portanto, este blog será um espaço no qual irei aproveitar para discutir, opinar, criticar, ou o que seja, com a intenção de treinar a difícil tarefa de escrever ou traduzir em palavras algo que está somente no pensamento, ainda uma representação mental.
O mundo das Letras, no qual estou adentrando, mostra o quanto nossa vida está centrada e é norteada pela linguagem, e aponta o quanto esta pode ser a chave para compreender o mundo em seus inúmeros contextos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Release


De São Paulo, iniciou os estudos musicais no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, tendo aulas de violino com Antônio Torchia (1993-1996). Posteriormente estudou violino com Laércio Diniz (1998-2008).
FESTIVAIS DE MÚSICA: Brasília,(spalla, em 2006), Campos do Jordão (1995, 1999 e 2000), Summer Music Academy (Pensacola Christian College (1996), Orquestra Jovem do MERCOSUL (Assunção em 2004), Festival Ex Toto Corde-USP (2008).
MÁSTER-CLASS: Evgenia-Maria Popova, Gerardo Ribeiro, Leon Spierer (Filarmônica de Berlin), Daniel Baremboim, Micha Rachlevsky, Alejandro Drago, Shlomo Mintz e Vladslav Igolinsky.
ORQUESTRAS: Orquestra Sinfônica Jovem de São Paulo, a “Estadualzinha”, Orquestra de Câmara da USP,  Sinfônica de Santo André (1999-2006), Camerata Vitta, como spalla (2000-2006).
Orquestra Bachiana Filarmônica Sesi-SP: concertos no Lincoln Center, em NovaYorque (2009, 2010 e 2011). Participou das Orquestra Engenho Barroco e Camerata Brasiliana. Fez parte do musical “O Rei e Eu” - Teatro Alfa Real (2010); Tocou em alguns concertos da Cia Brasileira de Ópera, sob a regência de John Neschling, com a ópera “O Barbeiro de Sevilha”.
Cursou Bacharelado em violino na Uni- FIAM FAAM (conclusão em 2008).
Atualmente, cursa Letras na Uni-FMU (último semestre).

Estréia mundial do meu blog !!!!

Estou finalmente inaugurando este blog! Mas quero, antes de tudo, agradecer à Simone que foi quem, não somente o criou, mas me orientou quanto à importância e o que se pode fazer de um espaço como este. Obrigado Simone!!
 É minha intenção usar aqui de maneira útil, significativa, para que  eu e outras pessoas que o acessem possam usufruí-lo de maneira a acrescentar algo em suas vidas (ou simples entretenimento, por que não?)
 É isso, beijo a todos!